sábado, 16 de julho de 2011

A Música Sacra Usada na Igreja

Vou iniciar este blog com este post bem direto, definindo a música sacra. A bíblia traz a história do cristianismo desde antes da criação do homem e termina com as novas instruções divinas de como devemos agir para os eventos finais, terminando com a nova vida que teremos na eternidade futura.

A música é nitidamente importante para Deus, segundo os escritos bíblicos, e o louvor sempre está presente. Cultua-se louvando, adorando e orando. Mas não é qualquer música que pode ser usada. Um grupo ao escolher a música deve se dar conta de que, na Bíblia, Deus deixa instruções minuciosas de como as coisas devem ser. É muito comum hoje se considerar que tudo é relativo e se dizer que a Bíblia não cita clara e exatamente como deve ser a música, e portanto isso poderia significar que qualquer música dedicada a Deus o agrada... mas não é assim.

Pense na forma como poderia ser registrado, numa época em que pouco havia desenvolvido na música -- que iria evoluir -- qual o "padrão" divino para a nossa adoração ao nosso Deus?! Não dava para ser tão claro, a ponto de nomear compositores, instrumentos ou peças que poderiam ser utilizadas dignamente na liturgia, e a principal razão disso é o simples fato de que o que conhecemos hoje, na época não existia. Além disso não havia modo de gravar sons. O que poderia ser dito, foi. Sabendo disso, devemos buscar as instruções fundamentados na palavra. Podemos, então, usar dois fatores:
  1. a busca bíblica fundamentada nos princípios das instruções dadas na antiguidade;
  2. fazer análise íntima, usando o senso crítico para "sentir" o que agrada a Deus.
A segunda linha de ação é totalmente subjetiva e nos levará a uma diversidade de opiniões, pois o íntimo de cada um difere do outro. A lógica de Deus é muito diferente da lógica dos homens.  Então precisamos de um pouco mais do que o nosso próprio julgamento para discutirmos racionalmente o que usar durante o culto, tomando o cuidado para não descambar para o aspecto ressaltado no blog de Vanessa Meira (2011).  Deus somente cobra aquilo sobre o que ele instruiu.  Então é importante estudarmos o que está registrado, com total isenção e sinceridade.

Não há outra fonte que não a Bíblia para esse estudo.  O que existe, incluindo o conteúdo deste blog, são opiniões que se harmonizam com o entendimento (e, muitas vezes, com o gosto) dos que expõem sobre a matéria.  Notadamente, o gosto por um conjunto de gêneros tem induzido muitos a defender e formar paradigmas que os impedem de ver o que está realmente diante dos olhos, isto é, dos ouvidos.  Deve-se, assim, mudar a noção limitada que temos do mundo pela busca pela inspiração divina, ainda que não se satisfaça a nossa lógica e intuição humanas.  Um começo que sempre recomendo, para ser lido sem preconceitos, é o livro "O Cristão e a Música Rock", em que o Pr. Samuele Bacchiocchi faz uma busca bíblica profunda sobre o tema para descobrir o que diz a Bíblia.  À luz desse livro, artigos como: "Música Cristã Contemporânea é Música Cristã" trazem conceitos inaceitáveis, tais como este: a paixão dos jovens que deixam o rock secular por amor a Cristo precisa ser saciada com uma "alternativa saudável e jovem".

A música erudita é fruto da erudição produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental -- e não das práticas folclóricas e populares (Wikipédia, 2011).  A música religiosa é a música sacra.  A música sacra -- aquela dedicada à adoração a Deus, somente a Deus -- é diferente da música secular. Não vamos ter aulas de harmonia celeste (pelo menos não vamos "ainda"!). Vamos precisar sentir se a música nos faz refletir em Deus. Uma letra que fale de Deus nos faz pensar em Deus, mas é preciso mais: uma melodia, harmonia, instrumentação, andamento, ritmo e todos os aspectos da música que nos reporte a Deus, somente a Deus. Se isso estiver acontecendo com cada adorador... a música é verdadeiramente sacra. Correto?  Que música usar ou que música não usar?  Eis a questão.